quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ausência de uma mãe.

Bem, como já não publicava nada há algum tempo, decidi hoje vir fazê-lo, visto que estou completamente triste e mal com a vida. Como está no título, o meu post vai ser obviamente sobre aquela pessoa que toda a gente queria que fosse eterna, uma mãe. Pouca gente sabe, mas a verdade é que eu tenho a minha mãe a morar do outro lado do mundo, mais especificamente, no Brasil. Nunca lhe dei o valor que ela merecia, mas dava... até a perder. Desde que ela foi simplesmente embora de Portugal que como é de esperar, não lhe pus mais a vista encima e isso dói. Ao início tinha um ódio tremendo, no final de contas, isso é como "abandonar" um filho e eu não suportava a ideia de me sentir "desprezada" pela minha própria mãe. Fazia textos e rasgava, chorava de raiva.... o tempo passou, eu cresci e as minhas atitudes com ela...mudaram. Já lá vão quase dois anos e com isso eu aprendi que se deve dar sempre valor, para nunca perdermos as pessoas que mais gostamos. De ódio passou a um grande amor, uma gigante saudade que me sufoca todos os dias, todas as noites de cada ano que passa. Felizmente tenho amigos que sempre me apoiaram, só que... amigos não é tudo. E quando vejo as mães a passearem com os seus filhos, na rua, num centro comercial ou algo do género? custa. Custa saber que há quem tenha a oportunidade que eu não tenho e simplesmente a desperdice tal como eu antigamente fazia. Faço-me constantemente de forte para que ninguém perceba que eu estou mal, gosto de me enganar a mim mesma dizendo "eu consigo", "eu sou forte"... quando na verdade, me fecho no quarto um dia inteiro a ver fotografias, a ouvir músicas tristes, a escrever textos e a chorar baixinho para que ninguém me oiça. Sabem que mais? "Longe da vista, perto do coração."